Usina do Belo Monte – Rio Xingu, Pará Brasil

                Os esforços de ONGs, ambientalistas e população amedrontada não foram o suficiente para parar a máquina capitalista governamental, talvez este seja o governo que ficará conhecido por permitir a derrubada da floresta amazônica, apesar de que essas idéias não são recentes, vem se delongando desde a época do FHC há mais de vinte anos.
                Apesar dos mais diversos meios de se conseguir energia e renda neste país a usina hidroelétrica parece ser a mais viável, a energia eólica e solar parece ser uma utopia para um país tropical e que possui a das maiores biodiversidades do planeta, apesar de tudo ainda consegue ser melhor do que a nuclear. 
                Agora é tarde pra protestar ou lamentar, o que resta é buscar maneiras mitigadoras dos impactos causados, a presidente Dilma afirma que as aldeias indígenas da região não serão atingidas, pois o projeto de construção da Usina fora alterado e 60% do total que seria alagado foram revogados, as obras vão de vento em polpa, uma equipe multidisciplinar corre contra o tempo para salvar os vestígios indígenas, e tentar salvar as espécies que habitam o local.
                Foi concedida a Licença Prévia (LP), e em junho de 2011, a Licença de Instalação (LI), como o próprio nome revela, está licença permite que os equipamentos sejam instalados, e posteriormente, será emitida a Licença de Funcionamento ou Operação (LF ou LO).
                Depois de concedida a Licença de Operação, a Usina poderá começar a gerar energia.  Segundo informações, a região de Altamira no Pará irá receber uma compensação ambiental de 88 milhões de reais anualmente, o que irá gerar renda e desenvolvimento para a região, e este é o problema em minha opinião, desenvolvimento é igual à destruição. Ficaria feliz se o governo desse maior e melhor assistência as famílias ribeirinhas com orientações de como melhorar de vida sem destruir a floresta.
                A grande maioria dos brasileiros está alheia quanto a este assunto, tratam a Amazônia como outro país, há alguns anos o povo brasileiro tem se tornado relapso e acomodado e não dá a atenção que estes assuntos exigem. Enfim, me considero leiga quanto ao que realmente acontece por lá, até porque a mídia burla e mostra o que quer mostrar.
                Infelizmente, ainda não tive a chance de “ver com os meus próprios olhos”, o que realmente acontece, mais torço para que o povo humilde e guerreiro, que sabemos que são, pois a grande maioria até hoje sobreviveu apenas com as riquezas que a floresta lhes proporcionou, sem assistência médica ou com pouca assistência médica, seja realmente o maior beneficiado, e que nossa floresta seja o mínimo possível prejudicada, que as obras respeitem o EIA/RIMA, e façam tudo o que tiver ao seu alcance para tornar este “avanço” o menos prejudicial possível para nossos recursos naturais já tão debilitados e escassos.Mas só nos resta dar um voto de confiança às autoridades, se a Itaipu deu certo talvez esta também dê.


À saber: O EIA (Estudo de Impacto Ambiental), deve ser elaborado por equipe multidisciplinar, com profissionais legalmente habilitados, e deve: I)contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto; II) identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade; III)definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetadas pelos impactos, denominados área de influência do projeto, considerando em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza; IV) considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto e sua compatibilidade. (Fonte: Cartilha de Licenciamento ambiental, Brasília, 2007). 

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