Orta Orgânica


Dispor de uma horta orgânica no quintal de casa é o meio mais seguro de garantir a procedência e o frescor dos alimentos à mesa. Muitos lamentam não ter espaço amplo e iluminado o bastante para cultivar suas próprias frutas, verduras e legumes, mas o que poucos sabem é que bastam 10 metros quadrados de terra com incidência de luz direta por algumas horas ao dia para criar uma horta doméstica produtiva. Isentas de agrotóxicos e insumos artificiais, hortaliças cultivadas organicamente são sinônimo de alimento mais saudável e sustentável. Afinal, seu plantio contribui para a preservação da fertilidade do solo, da qualidade da água e dos demais recursos naturais, além de gerar espécies mais nutritivas.
Para realizar esse tipo de plantação, os cuidados começam pela análise das condições locais, a definição da área a ser utilizada e a escolha do tipo de hortaliça que será produzida. Diferentes espécies podem ser cultivadas, desde que respeitadas suas particularidades em relação à demanda por nutrientes, sol e água. Entre as mais comuns estão produtoras de raízes (cenoura e rabanete), bulbos (cebola), folhas (alface e couve), frutos (tomate) e flores (couve-flor e brócolis).
É importante que o local de implantação da horta seja de fácil acesso e com bastante insolação. Os canteiros devem ter entre 40 e 50 cm profundidade, conforme a necessidade de espaço para o desenvolvimento das raízes.
O sucesso da plantação vai depender, principalmente, das condições do solo, que deve ter a textura adequada – em geral fofa e porosa – além de características químicas e biológicas propícias. A bióloga Cleusa Maria Mantovanello Lucon, pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, explica que, no Brasil, os solos costumam ser ácidos. Por isso, na maioria das vezes, recomenda-se corrigir essa condição com a aplicação de calcário dois meses antes de iniciar plantio. “Os solos brasileiros também costumam sofrer de deficiência de fósforo, daí a necessidade de introduzir fontes de fósforo, como a farinha de ossos”, revela.
De acordo com a espécie, o plantio pode ser tanto direto, colocando-se a semente no local onde a planta irá se desenvolver, quanto em sementeiras.
É importante respeitar sempre o espaçamento exigido por cada planta. Além disso, regas constantes realizadas sempre nas horas mais frescas do dia são fundamentais, para fornecer água para germinação da semente, desenvolvimento da planta e solubilizar os nutrientes do solo. Em pequenas áreas, a irrigação pode ser feita com mangueira, regador ou ainda sistema de irrigação por aspersão.
Solo fértil, horta produtiva
A grande diferença entre o cultivo tradicional e o orgânico diz respeito à adubação. Na horta orgânica utiliza-se material vegetal e animal, como húmus de minhoca, esterco curtido e adubação verde (folhagens e leguminosas). O adubo pode ser adicionado ao plantio, antes da introdução das mudas, ou servir de cobertura do solo. Nesse caso, é acrescido nas fases posteriores, quando a planta requer força para formar cabeça, frutificar, rebrotar ou amadurecer os frutos. A compostagem doméstica, feita com matéria orgânica transformada em húmus, é uma ótima parceira da plantação orgânica. No primeiro ano de vida da horta, o mais indicado é utilizar aproximadamente dois quilos de composto por metro quadrado de canteiro. Para manutenção, a dica é incorporar, a cada três meses, entre 5 e 10 litros de composto orgânico por metro quadrado de horta.
Um procedimento crucial para uma horta bem sucedida é a rotação de culturas, evitando o plantio sucessivo de plantas da mesma família (folha, raiz, flor, fruto). Isso diminui consideravelmente as chances de aparecerem doenças e pragas, sem contar que possibilita melhor aproveitamento dos nutrientes disponíveis.
Outra recomendação é estar sempre de olho na presença de invasores. Embora possam comprometer o desempenho da sua horta, a intervenção contra pragas e insetos só deve acontecer quando os ataques estiverem causando prejuízo sério à plantação. O controle pode ser feito com a utilização de produtos como biofertilizantes, pasta de sabão, agentes de controle biológico ou preparado à base de plantas. “Os ataques podem, ainda, ser minimizados com práticas como a rotação de culturas, melhor nutrição de plantas e com a presença de inimigos naturais, como pássaros e joaninhas”, ressalta a pesquisadora do Instituto Biológico.

Reportagem UOL 

Legislação ambiental

Capítulo VI
Do Meio Ambiente
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

 http://www.jurisambiente.com.br/ambiente/principios.shtm

Neste site ha vários links sobre o art 255

Explosão Demográfica



No século XVIII, Thomas Malthus lançou pela primeira vez o anátema da escassez sobre a humanidade. Em 1968 o demógrafo Paul Ehrlich publicou The Population Bomb (A bomba Populacional), no qual faz projeções catastróficas sobre as conseqüências da explosão demográfica. Pois com mais gente, haverá menos oferta de alimento, com menos gente no mundo a pobreza e a fome não teriam grassado e se tornado um fenômeno com as proporções atuais. Segundo estudos, desde então, a proporção de famintos caiu de 35% para 13%, devido à revolução tecnológica vivida no campo, com a chegada de maquinário modernos e agrotóxicos potentes. Estima-se que no Brasil, usa-se de três a quatro toneladas/ano de pesticidas, mas somente trezentos mil cumprem seu papel, o restante contamina o ar, o solo e as águas.
Apesar do estudo animador, podemos notar que em alguns países do globo a situação não é nada animadora, principalmente em paises africanos, onde se estima que trezentos milhões de pessoas tenham morrido de fome. Também no Hayti, país recentemente destruído por terremoto, muitas pessoas consomem bolacha de terra. E esta situação tende a piorar com o aquecimento global, que é o principal motivo que leva a crer que bilhões de pessoas passaram fome, não se sabe até onde a tecnologia no campo suprirá as novas necessidades. Nosso planeta enfrenta transições climáticas jamais vistas; como ciclones em Santa Catarina, chuvas desordenadas, altas temperaturas em regiões dantes frias, etc.
Não se sabe o quanto essas sementes suportaram. Alias com mais gente no  mundo haverá aumento drásticos no tipos de poluição o que diminuirá certamente nossa água potável, ou seja, tudo isso é igual a morte.
Meios viáveis para se evitar ou amenizar essas previsões são obvias, como a diminuição do desperdício de nossos recursos naturais, diminuir o consumo de produtos de origem petrolífera, optar por energias limpas; como a aeólica e solar, ser mais solidário e consciente, sabendo que se algo não te serve mais, certamente servirá para outra pessoa. Saber diferenciar lixo de algo que poderá ser reutilizado, fazer um esforço e quebrar o ciclo da obsolescência programada, ter controle da natalidade, vi-se o absurdo “mulher fica famosa por ter gerado 14 filhos nos EUA”, Se o crescimento demográfico continuar, os recursos naturais iram se esgotar rapidamente, o planeta não pode suportar.